domingo, 15 de junho de 2014

Vejam artigo escrito por Janet em homenagem a Maya Angelou para a revista Entertainment Weekly

    "A poesia e prosa da Dr. Maya Angelou inspiraram não só pessoas e presidentes, mas também Hollywood. O filme de 1993 de John Singleton, Poetic Justice, conta com alguns dos trabalhos mais indestrutíveis da autora. A estrela do filme, Janet Jackson, lembra-se da mulher por trás das palavras.

   ‘A primeira vez em que me encontrei com Dr. Maya Angelou foi na época da filmagem de Poetic Justice em 1992. Eu era jovem, 25 anos de idade. Eu sabia quão importante ela era por causa de minha mãe, irmãos e irmãos, mas quando nos conhecemos pela primeira vez há tantos anos, eu nunca tinha de fato ouvido sua voz. Naquele tempo, não tínhamos YouTube ou DVDs, então eu apenas lia seu trabalho o quanto eu podia. Sua voz era muito forte. Ela teve um impacto poderoso em mim.
    Eu lembro de ler “I Know Why The Caged Bird Sings”, e de descobrir que ela tinha sofrido abuso quando criança. Os efeitos do abuso, e de tudo que ocorreu depois, a silenciaram. Ainda assim, ela se transformou nesta figura icônica incrível – tão icônica, de fato, que dizer isso é um eufemismo. Ela quebrou barreiras não só para as mulheres afro-americanas como também para TODAS as mulheres. Não existem barreiras de cor ou gênero quando se trata da Dr. Angelou. Seus poemas que me impactaram mais profundamente foram “Phenomenal Woman”, o qual eu recitei no filme, e “Still I Rise”. A verdade fortalecedora deles ressoa com todas as mulheres.
    Ela é um gênio, uma ativista, uma pioneira, e muito mais. Não há palavra que exista para descrever o quão fenomenal esta mulher sempre será. Ela dedicou sua vida a nos ensinar a entender melhor a nós mesmos. Ela ensinou a mim, e ao mundo, a saber quem você é e de onde você vem a fim de aceitar a si mesmo – o seu poder e a sua beleza fenomenal – em todos os aspectos. Ela nos ensinou a importância de sabermos o quanto valemos.
    Mantivemos contato após as filmagens terminarem, e eu tive o prazer de ficar com ela por um pouquinho em sua casa. Ela nunca se sentia inconfortável em qualquer situação, mas vê-la em seu próprio canto, sua própria zona, foi muito tocante. Ela sabia quem era, e eu pude me identificar com isto à minha própria maneira. Ela sempre trabalhava para incutir valores em quem ela chamava de “seus filhos”, e todos eram seus filhos.
    Sua obra literária é um presente que nunca conseguiremos retribuir, e, mesmo ela tendo partido, seu trabalho vai permanecer para as próximas gerações. Ela o deixou não para mim, mas para o mundo.' "


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