Relembrando...entrevista de Janet Jackson em 2008

Entrevista com Nathan Hale Williams

Nathan Hale Williams: Como surgiu a idéia de dar o título de 'Discipline' ao álbum?

Janet Jackson: Essa idéia me pegou. É o jeito que eu vejo. Ela tem vários significados diferentes para mim. E um que é realmente proeminente na minha vida é minha disciplina no trabalho. Então, é realmente sobre isso. Estar tão focado desde bem jovem. Fazer o que eu faço por tanto tempo e ter essa disciplina e ver que foco e disciplina foi uma coisa que esteve comigo desde cedo... através de meus irmãos. Eles já faziam sucesso desde que eu tinha dois anos de idade, e tiveram todo aquele êxito. Então, eu cresci nesse clima. Não importa se eu aprendi ou se estava nos meus genes. Aquilo estava comigo e está até os dias de hoje. E não apenas no meu trabalho. De outras formas também. Não importa se lançando um álbum ou montando uma turnê ou escrevendo música e criando todas as melodias e as harmonias e os vocais de fundo. Há muito trabalho a ser feito em cada aspecto de cada coisa. Até mesmo na turnê. O desenho da luz, a criação dos cenários, todo o visual que as pessoas vêem na televisão. É claro que eu não faço tudo sozinha, mas eu me envolvo em cada coisa que é vista no palco durante as performances. Até mesmo o guarda-roupa, eu fiscalizo. Eu estou lá com o designer. Ou com o projetista do palco. Até mesmo o setlist. A sequência de músicas no álbum do jeito que você o ouve, é responsabilidade minha. Você pode ouví-lo da maneira que quiser, mas esse é o jeito que eu o vejo fluir. E os interlúdios do jeito que são colocados. E onde cada interlúdio estará.

Nathan Hale Williams: Kiyoko é uma pessoa real?

Janet Jackson: Kiyoko não é uma pessoa. Kiyoko é um robô. Ela é um robô real? Claro (risos)

Nathan Hale Williams: O que inspirou você para criar o tema Matrix para a introdução e os interlúdios?

Janet Jackson: Eu amo tudo o que se relacione com o futuro. Eu adoro assistir coisas no History Channel sobre o universo. E os planetas. Eu amo filmes de ficção científica. Eu adoro coisas como 'Matrix'. Foi uma das coisas mais difíceis que tive que fazer. Quando eu estava pronta para... hummmm qual era aquela. A janet. Tour. Os irmãos vieram até mim, eles queriam que eu fizesse 'Matrix'. Eu estava tão dividida. Porque eu amo aquele mundo. Nós estávamos realmente prontos para a turnê. Então, eu não poderia dizer que a turnê deveria esperar para que eu fizesse o filme.

Nathan Hale Williams: Percebendo os caminhos que tomam sua carreira, antes de seus maiores álbuns, você passou por revisões gerais. Ou foi pela troca de gravadora, de produtores ou outros motivos. Aconteceu em 'Control' e 'janet.' E você está nesse ponto agora. Você sentiu que essa é uma mudança para ter outro grande momento em sua carreira?

Janet Jackson: Eu nunca me sentei e pensei nisso dessa forma. Agora que você trouxe isso á tona, vejo que você está completamente certo. É definitivamente uma grande mudança. Eu amo a mudança. Eu amo o que estou sentindo da nova gravadora. Eu adoro o amor e entusiasmo que estou tendo deles. Eles já parecem uma família para mim. Parece o que eu senti no começo, quando estava com a Virgin. É assim que me parece, um sentimento maravilhoso. Você trabalha duro pelo o que faz e você quer o apoio que merece."

Essa semana Janet Jackson lançou seu novo álbum, 'Discipline', que foi analisado por nosso site algumas semanas atrás quando nosso editor de Artes & Entretenimento a entrevistou. Hoje Nathan Hale Williams posta a entrevista completa com o ícone do pop.

Nathan Hale Williams: Como foi o processo para esse álbum?

Janet Jackson: O processo... hummm. Realmente começou em Miami, escutando músicas. LA me disse que haviam produtores que ouviram dizer que eu começaria um novo projeto e queriam fazer parte dele. Eles haviam escrito músicas e queriam mandar. Então, eu começei a escutar as faixas. Foi assim que realmente começou. Escolhendo aqui e ali coisas que eu gostasse. Que parecessem comigo. Que eu tivesse alguma conexão.

Nathan Hale Williams: Como você escolheu as músicas?

Janet Jackson: Eu nunca escolhi canções antes. Eu sempre escrevi as coisas que estavam nos meus álbuns. Elas tinham de ter alguma relação comigo, ou eu tinha de ter experimentado aquilo. Deveria haver algum tipo de conexão comigo. A música tinha que soar como eu. Tinha que ser um clássico meu. E eu acho que é isso que esse álbum é, um álbum clássico de Janet, mas com um jeito moderno.